Sinto o correr da melodia do prazer entre meu fluido rubro, vejo ante mim as cores da paixão forte e pura, ouço por entre florestas de loucura ruídos de ternura emanados de cordas harpinas, finas e eternas, provo o doce do sal da tua tez com odores de brancas pétalas, de ardentes rosas de carne, de impossíveis flores que para ti criei, que em ti vivem, que de mim vivem, que contigo morrem, eternas dentro de mim.
Passas como um rio, e ficas como uma pedra. Ao olhar-te, doce amargura me preenche, triste alegria me envolve, ficas como uma montanha presa numa tela, e morrendo no correr do pincel, choro a tinta que te eleva ao infinito estado de presença ausente.
És luz negra que me esconde, pois sou negro, estou negro. Mas quem lança o negro em mim? És tu? Vestes-te de negro? O negro já se entranhou? De que cor é tua alma? E o que resta da minha?
És luz branca e cintilante que me cega e que transbordando de prazer me leva para alem do sonho. Mas porque me cegas? Porquê tu? Agora que brilhas e és a tua própria antítese diz-me, vais ser grafite ou diamante?
Passas como um rio, e ficas como uma pedra. Ao olhar-te, doce amargura me preenche, triste alegria me envolve, ficas como uma montanha presa numa tela, e morrendo no correr do pincel, choro a tinta que te eleva ao infinito estado de presença ausente.
És luz negra que me esconde, pois sou negro, estou negro. Mas quem lança o negro em mim? És tu? Vestes-te de negro? O negro já se entranhou? De que cor é tua alma? E o que resta da minha?
És luz branca e cintilante que me cega e que transbordando de prazer me leva para alem do sonho. Mas porque me cegas? Porquê tu? Agora que brilhas e és a tua própria antítese diz-me, vais ser grafite ou diamante?
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