terça-feira, novembro 29, 2005

Sinto o correr da melodia do prazer entre meu fluido rubro, vejo ante mim as cores da paixão forte e pura, ouço por entre florestas de loucura ruídos de ternura emanados de cordas harpinas, finas e eternas, provo o doce do sal da tua tez com odores de brancas pétalas, de ardentes rosas de carne, de impossíveis flores que para ti criei, que em ti vivem, que de mim vivem, que contigo morrem, eternas dentro de mim.
Passas como um rio, e ficas como uma pedra. Ao olhar-te, doce amargura me preenche, triste alegria me envolve, ficas como uma montanha presa numa tela, e morrendo no correr do pincel, choro a tinta que te eleva ao infinito estado de presença ausente.
És luz negra que me esconde, pois sou negro, estou negro. Mas quem lança o negro em mim? És tu? Vestes-te de negro? O negro já se entranhou? De que cor é tua alma? E o que resta da minha?
És luz branca e cintilante que me cega e que transbordando de prazer me leva para alem do sonho. Mas porque me cegas? Porquê tu? Agora que brilhas e és a tua própria antítese diz-me, vais ser grafite ou diamante?




iel_b

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

terça-feira, novembro 29, 2005 6:34:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Brutal cm sempre tens o dom da escrita n o percas.
Hugz

terça-feira, novembro 29, 2005 3:58:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

só vim aqui dar uma vista de olhos e mandar um beijinho, um destes dias vou querer um poema para mim!

terça-feira, novembro 29, 2005 11:16:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home